domingo, 28 de novembro de 2010

Banco de Portugal

Praça D. Francisco Gomes
Por obrigação decorrente do contrato celebrado com o Estado em 1887, o Banco de Portugal  passou a exercer as funções de banqueiro do Estado e caixa Geral do Tesouro, obrigando-se a criar agências em todas as capitais de distrito do Continente e Ilhas.

Assim, entre 1889 e 1895, instalaram-se as Agências definitivas nas sedes dos distritos - não sem grandes dificuldades. As tarefas que lhes estavam atribuídas consistiam basicamente em descontar letras, emprestar sobre penhores, receber depósitos à ordem de particulares e realizar operações de transferência de fundos e operações com o Tesouro.

A implantação do Banco de Portugal no País foi crescendo - particularmente entre 1918 e 1958, com a instalação das Agências concelhias -, atingindo um máximo de 32 Agências no fim dos anos 50.

Ao longo dos anos, revelou-se determinante o seu contributo para o desenvolvimento das regiões onde estavam inseridas.

No final de 1997, o Banco de Portugal possuía duas Delegações Regionais - Ponta Delgada e Funchal - e sete Agências, situadas em Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Vila Real e Viseu, que funcionam como tesourarias do sistema bancário e, na sua maior parte, como centros de escolha de notas.

A agência do Banco de Portugal em Faro, junto ao Jardim Manuel Bivar, é um dos edifícios marcantes da cidade.

Foi projectado no início do século XX, pelo arquitecto Adães Bermudes, sendo considerado um importante exemplo da arquitectura revivalista, com elementos de inspiração mourisca na porta principal.

Erguido em 1926, mesmo em frente à Marina de Faro e ao jardim da cidade, no local onde anteriormente funcionava o Mercado das Hortaliças, o arquitecto Adães Bermudes imprimiu-lhe influências revivalistas, neo-manuelinas e islâmicas.

Merece especial destaque a fachada frontal, onde se podem apreciar cúpulas rendilhadas e riquíssimos painéis de azulejos.


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